Estar bem, com quem?!

Eu não via a hora de chegar junho para escrever minha coluna. Junho é o mês que celebramos o encontro de histórias entre pessoas. Porque ser pessoa significa ter histórias. Ter histórias significa ter relações. Das relações nasce o amor, e ele nos faz brilhar o olho e iluminar o mundo!

Passo as semanas na Facens (e mesmo fora dela, na quarentena) ouvindo com o coração muitas histórias de amor. Amores que sufocam, amores que não chegam, amores que acolhem, amores que não percebem, amores que abrem o olho, amores que os fecham, amores que fazem chorar, amores que fazem cantar. Amores diferentes dos que tinham que ser, às vezes, mais de um.

Às vezes, histórias verdadeiras, únicas, inteiras, fortes e vivas determinam as ações, as emoções e as decisões. E, é por elas, com elas e através delas que tenho o privilégio de amar cada uma daquelas pessoas que me deixam fazer parte de sua história. 

Mas, afinal, o que é amar? Recebi algumas respostas de pessoas diferentes e que enxergam o amor de diferentes formas.

“Desenhar desejos, conectar sonhos, apreciar a beleza do outro!“

“Unir corpos , admirar, iludir, inspirar, andar de mãos dadas.”

“Ler mensagem no celular esperar que para o outro mude o dia!“

“Investigar o perfil do Facebook para encontrar o que não queria!”

“Contar quando minutos demorou para responder!“

“Esperar do outro um pedido de namoro.”

“Fazer perfil falso no Tinder!“

“Assistir um filme e querer ser como aqueles dois.”

“É colocar o outro guiando as emoções.“

“Amar e também sonhar como deve ser. E frustrar por não ser.“

E, para terminar a coluna de hoje, deixo três das tantas histórias que marcaram algumas vidas, e com elas algumas mensagens!

QUANDO SER PRINCESA É CHATO
“Quem nunca quis viver uma história de amor igual a das princesas da Disney onde todos vivem felizes para sempre? Hahaha!
Acontece que nem todas nós somos princesas. Já dizia a Raquel: “princesa não bebe às 10 horas da manhã”. E é verdade, nunca fui uma princesinha, mas sempre quis viver meu conto de fadas, sempre esperei o príncipe chegar no cavalo branco. Mas como a vida real não é assim, o príncipe, que de realeza não tem nada, chegou de uma rede social muito famosinha e mostrou que não importa como o amor chega e sim como agimos para ele permanecer em nossas vidas.
Amar não é status de relacionamento, não é dar presente, não é aliança. Amar é companheirismo, é cuidar e cultivar a pessoa, é respeito, lealdade, carinho… é transbordar o que há de melhor em si mesmo. ??“

QUANDO COMEÇA DIFERENTE
“Nós nos conhecemos dia 18 de fevereiro de 2019 no primeiro dia de faculdade, eu estava sentada com uma amiga conversando em uma aula e a professora pediu para formarmos trios, ele estava sentado um pouco mais atrás e perguntou se podia fazer o trabalho com a gente, aceitamos (naquele momento eu já achei bonito). Os dias foram passando e fomos nos tornando amigos, tirávamos sarro da cara um do outro e discutíamos por coisas bobas todos os dias. Neste meio tempo, alguns amigos perceberam que eu já tinha um interesse e começaram a nos dar apelido de casal e encher nosso saco, os dois achavam que nunca ia acontecer. Depois de várias tentativas de acontecer algo que não deu certo por timidez ou por não conseguir encaixar as coisas, saímos juntos mais uma vez. No dia 9 de abril demos o nosso primeiro beijo em um bar, nenhum dos dois lembra exatamente como foi, mas aquilo foi o suficiente, durante todo o restante da semana ficamos juntos – magicamente, as brigas acabaram. No dia 17 de abril, conversando com amigos eu brinquei que não estávamos namorando, ele não disse nada só deu risada. Mais tarde nesse dia eu falei para ele que tinha o melhor namorado do mundo, encaramos aquilo como um pedido e assim começou nossa história de amor.“

QUANDO É PARA AGORA E SEMPRE
“Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha por volta dos 18 anos de idade e podia morrer a qualquer momento. Certo dia, com a permissão de seus pais, decidiu sair sozinho e caminhou pelas ruas mais próximas de seu bairro, admirando as vitrines e as pessoas que ali passavam. Ao passar por uma loja de quadrinhos, notou a presença de uma linda garota, que aparentava ter a mesma idade, e se encantou por ter tamanha beleza. Decidiu entrar na loja, admirando a linda jovem, e se aproximou do balcão, todo tímido. Então a moça olhou para o garoto, deu um lindo sorriso e logo perguntou se poderia ajudá-lo em algo. O garoto então pegou o primeiro livro que viu e pediu para embrulhar para presente.

– É para mim mesmo, mas gostaria que o embrulhasse.

A garota então embrulhou o livro e o trouxe como desejado pelo garoto. Ele gostaria de ficar ali vendo aquela figura admirável e com um lindo sorriso para sempre, porém, tinha que voltar para casa. Daquele dia em diante, todos os dias, o garoto passava pela loja, comprava um livro e mandava a garota embrulhar. Cada dia era um embrulho mais bem feito e diferente do outro, ao qual o garoto guardava todos em seu guarda-roupa e não os abria.

Certo dia ele se encheu de coragem, escreveu um bilhete com seu nome e telefone, foi até a loja, deixou o pedaço de papel no balcão e saiu correndo.

No dia seguinte um pouco mais tarde o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu. Era a menina perguntando por ele. A mãe do garoto, toda desconsolada e triste disse:

– Sinto muito, você não sabia? Ele faleceu hoje de manhã.

A mãe do garoto, recolhendo as roupas do menino dentro do quarto, avistou um pilha enorme de livros embrulhados, decidiu abri-los por curiosidade, onde ao folhear as páginas de um dos livros avistou um pequeno pedaço de papel que dizia:

– Você é muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria.

 Emocionada, a mãe abriu todos os livros embrulhados, e em cada um tinha um bilhete com mensagens de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.

Assim é a vida: não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde.”

AME MUITO!

Raquel Barros.

Ilustrações por: @_pedrofortes_